3 alavancas para impulsionar a produtividade e os resultados no consultório

Toda organização de saúde está tentando decifrar o código para bem-estar médico, desempenho financeiro e resultados dos pacientes. Uma pesquisa da athenahealth indica que os líderes devem considerar o conceito de “capacidade” enquanto se esforçam para construir organizações de saúde sustentáveis.

O princípio central da capacidade é simples: investir nas pessoas na linha de frente do serviço melhora a lucratividade geral de uma organização. Os sistemas de saúde que conseguem fornecer aos médicos as ferramentas, os recursos e a latitude para cuidar dos pacientes podem ser considerados organizações capazes.

“A capacidade é um conceito poderoso que ajuda bastante a explicar por que alguns consultórios têm melhor desempenho”, diz Josh Gray, vice-presidente de pesquisa da athenahealth. “É uma estrutura útil para orientar os líderes à medida que projetam os ambientes de trabalho dos médicos.”

A fase mais recente dessa pesquisa detalha por que a capacidade é tão importante e, pela primeira vez, identifica as alavancas exatas que os líderes da área de saúde e os médicos enquanto donos do seu próprio consultório ou clínica devem usar para construir organizações de sucesso e produtivas, e oferecer atendimento eficaz aos pacientes.

Foco na liderança e comunicação

As organizações capazes lidam com a liderança em vários níveis – da equipe executiva, que define a estratégia de longo prazo, aos supervisores imediatos, que supervisionam e apoiam os médicos. A recompensa é significativa: médicos com altas pontuações de capacidade têm duas vezes mais chances de relatar altos níveis de satisfação com sua liderança e organização.

O mesmo é válido para médicos que possuem um consultório e devem da mesma forma ter estratégias definidas e orientar adequadamente a equipe auxiliar para que todos saibam o caminho a ser trilhado.

A pesquisa também revelou que a confiança na liderança afeta o desempenho. Os médicos que avaliam sua liderança como forte têm duas vezes e meia mais chances de ter altos índices de capacidade, em 61%, do que aqueles que não sentem que sua liderança os apoia (23%).

As relações de trabalho também são importantes: os médicos com as mais altas classificações de capacidade têm duas vezes mais chances de relatar trabalhar em clínicas e consultórios em que mantêm relacionamentos estreitos e comunicação aberta com seus colegas clínicos. Esses estabelecimentos de saúde usam reuniões regulares e reuniões de gerenciamento para manter os canais abertos e eventos sociais entre equipes para construir relacionamentos que possam apoiar um feedback honesto.

Os médicos sentem-se mais capacitados quando sabem que suas opiniões e feedbacks influenciam realmente como o consultório ou clínica é conduzido. Brian Titesworth, M.D., do Clarkston Medical Group em Michigan, diz que o elemento mais importante para ele e seus colegas é que “fazemos parte de decisões que nos afetam diretamente”.

Até considerando os modelos de consultório com apenas o médico e a secretária, a comunicação, relacionamento e honestidade são fundamentais para que o trabalho em equipe seja coordenado, produtivo e ofereça a melhor experiência aos pacientes.

Reduza a carga administrativa, melhore a eficácia do software médico

Entrevistas com líderes de grupos médicos revelam que as organizações têm maior probabilidade de ter médicos com altas pontuações de capacidade quando configuram fluxos de trabalho, dados e responsabilidades de equipe para ajudar os médicos a prestar cuidados com facilidade e eficiência.

Por uma ampla margem, a satisfação com o sistema de prontuário eletrônico de uma organização se correlaciona com a capacidade. Cerca de 63% dos médicos com pontuações de alta capacidade também tiveram uma impressão positiva do software médico que utilizam – o que significa que eles acharam o software fácil de usar e acharam que haviam recebido treinamento claro sobre como usá-lo. E eles eram mais propensos a concordar com as afirmações dizendo que o software de prontuário eletrônico era uma ferramenta que os ajudou a fornecer cuidados de alta qualidade.

Segundo os dados, os softwares médicos das organizações que promovem a capacidade proporcionam aos médicos acesso fácil, de qualquer lugar, a todas as informações necessárias para tratar os pacientes no momento da consulta. Sempre que possível, a visualização prévia do prontuário, com dados completos de saúde, exames, gráficos, etc. dão aos médicos uma ideia do que devem estar atentos durante o atendimento antes mesmo do paciente entrar na sala.

A interoperabilidade também é importante. A falta de acesso aos dados do software a partir de outros locais, seja em casa, em outra clínica ou mesmo enquanto está na rua, é uma das maiores dores de cabeça dos médicos, dificultando o trabalho deles. As organizações que superam esses obstáculos têm mais probabilidade de ter médicos com altas pontuações de capacidade.

Clayton Foster, M.D., da Colorado Infectious Disease Associates, diz: “Eu posso fazer meu trabalho com mais rapidez e eficácia se tiver as informações à minha frente e souber que não precisarei fazer login em três sistemas diferentes”.

Finalmente, os médicos com as maiores pontuações de capacidade trabalham com modelos que minimizam seus encargos administrativos. Eles conseguem alcançar muito mais eficiência quando o software médico utilizado auxilia também na parte administrativa, automatiza tarefas e simplifica gerenciar finanças, gerar guias e faturamentos, etc.

Modere o ritmo da clínica ou consultório

Uma organização de saúde capaz, focada nas necessidades do médico, cria mais tempo com os pacientes. Isso é importante, porque, segundo os dados da saúde, 54% dos médicos se sentem apressados mais de uma vez por semana – e se sentirem apressados diminui a capacidade do médico.

Por outro lado, o atendimento com envolvimento de toda a equipe e a carga administrativa reduzida promovem um ritmo gerenciável, melhorando as relações médico-paciente, os resultados de saúde e a lucratividade. “Líderes de organizações de alta capacidade limitam a carga administrativa, capacitam equipes clínicas e criam sistemas que economizam um precioso tempo do médico”, resume Gray, da athenahealth. “Os resultados são equipes mais produtivas, níveis mais baixos de desgaste e melhor retenção”.

 

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