Gostou do artigo? Compartilhe!

Mulheres serão maioria na Medicina

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

As mulheres representam hoje 42,8% dos médicos em atuação no Brasil1. Embora este valor tenha crescido nas últimas décadas, ainda encontra-se em desequilíbrio com a proporção da população feminina no país: 51%2.

Regiões

Mais da metade das médicas brasileiras estão na região Sudeste, que também registra a maior média de mulheres na ativa em comparação a homens (45%). A região Sul é a que concentra a menor proporção de mulheres na atuação médica, com 40,51%, embora em termos de estado, o Amapá ainda seja o que registra o menor valor absoluto: apenas 332 médicas, representando 37,18% dos médicos ativos no estado. Alagoas é o único estado brasileiro em que o sexo feminino representa a maioria dos médicos na ativa (50,94%).

Mas esta realidade está se transformando: a presença das mulheres tende a ser cada vez maior nos consultórios e hospitais, já que entre os médicos com 33 anos ou menos, as mulheres já representam a maioria: 56,2%.

Ponto de virada

De acordo com o estudo "Demografia Médica no Brasil (2015)"3, do Conselho Federal de Medicina (CFM), o ponto de virada foi o ano de 2011, quando a entrada de mulheres na Medicina começou a superar a entrada de homens. Com isso, o número de registros médicos emitidos para mulheres mais que dobrou desde 2000.

Especialidades

Também há especialidades em que a presença feminina se destaca mais: as mulheres representam atualmente 3/4 dos dermatologistas e mais de 70% dos pediatras. Elas também são mais que 60% dos endocrinologistas, alergistas e hematologistas. A perspectiva é que haja uma "dominação feminina" destas especialidades, que deverão registrar uma proporção cada vez maior de mulheres.

Ainda há espaço para conquista

Homens ainda são maioria em 71% das especialidades, e algumas áreas registram baixíssimo índice de mulheres especialistas – todas as especialidades cirúrgicas ainda contam com a maioria de profissionais homens (total de 81,6% dos especialistas) e a Urologia é a área que registra menor participação feminina: apenas 1,86% dos especialistas são mulheres.

...

1. Portal Estatísticas de médicos, disponibilizado pelo CFM, disponível em http://portal.cfm.org.br/index.php.

2. Estudo Brasil em Síntese: Distribuição Percentual da População por Sexo, publicado pelo IBGE, disponível em https://brasilemsintese.ibge.gov.br/populacao/distribuicao-da-populacao-por-sexo.html.

3. Estudo Demografia médica no Brasil (2015), publicado pelo CFM, disponível em http://www.flip3d.com.br/web/pub/cfm/index10/.

Gostou do artigo? Compartilhe!